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E o céu azul brilhará...

Diário de uma académica portuguesa em Londres

E o céu azul brilhará...

Diário de uma académica portuguesa em Londres

30
Out12

Solidão no meio de tanta gente...

Little Miss Sunshine
Quando o meu marido me diz que eu devia olhar para o que tenho de bom na minha vida e dar-me por feliz, apetece-me chorar. Porque para ele (uma pessoa cujo objectivo de vida é certamente muito diferente do meu) querer ter algum dinheiro no banco e algum tempo de qualidade para desenvolver projectos profissionais pessoais é certamente dispensável e incompreensível quando se tem o amor de uma família e dinheiro suficiente para pagar as contas. E o que é importante para mim...? Não conta? Mas supostamente, não tenho isto porque 'não quero', e que se lixem os meus laços afectivos ou dilemas maternos...

Estou exausta, ando exausta mesmo. Exausta desta dualidade, de estar bem onde não estou e afins. Estar exausto não é o mesmo que estar cansado! Estar cansado cura-se com uma noite de sono. Estar exausto cura-se com muitas noites de sono, de preferência num spa, onde ninguém incomode. E às vezes nem assim. Eu preciso de sair desta situação que me entristece e definha, porque ando num stress que só me atira ao chão e me pisa...! Dia sim, dia sim. Não sei onde foi a minha alegria, mas há muito que um sorriso sincero não mora aqui.

De há uns tempos para cá eu acordo sem vontade de nada... A não ser de chorar. Porque olho para as coisas ali tão perto, objectivos meus de longa data (para os quais me sacrifiquei todos estes anos a viver longe da minha família, a trabalhar em tudo e mais alguma coisa, algumas vezes sob condições lastimáveis e terceiro-mundistas), e que estão tão longe de alcançar ao mesmo tempo porque em vez de ir a reuniões importantes eu estou a fazer o jantar, ou a tentar trabalhar depois de milésima interrupção, ou a dormir... muitas vezes de pé!

De que vale passar por tudo isto? Sair de casa a chorar e entrar em casa com uma lágrima no olho porque não é aqui que eu quero mais estar...? Este não é o meu lar, aqui não me sinto mais segura, tranquila, em paz. O meu mundo não é este e só volto todos os dias porque está cá a minha filha. O meu tempo mais feliz é quando estou a dar aulas, ou quando estou a dar de mamar a minha filha. No fundo quando não há intromissões e eu posso ser eu, sem medo de ser assim como eu sou. Quando não preciso abrir a boca para falar, sim, tenho saudade do silêncio da minha liberdade.

Sinto-me só dentro de casa apesar de acompanhada. Mas aquilo que eu falo ninguém entende. Parece que exprimir-me é dificil, tenho de pensar bem nas palavras para não ferir susceptilidades, acabo por desistir de falar - cansa tentar medir as minhas emoções. Estou quase a desistir. E eu sinto-me vazia dentro de casa. Fora de casa sinto-me culpada. E pelo meio vou sofrendo ataques de ansiedade espontâneos que derivam da minha inabilidade de querer estar em dois sítios ao mesmo tempo. O pior de ter emigrado? A solidão intelectual. A constante sensação de que não estou segura sem dinheiro no bolso nem um plano B...
19
Out12

Pré-requisitos de língua Inglesa

Little Miss Sunshine
Para se entrar numa universidade em Inglaterra, normalmente há uma série de pré-requisitos a ter em conta. Pedem-se níveis de estudo mínimos (A-Levels, ou equivalente), notas boas (A* ou A ou Bs), ou certo tipo de experiência, etc. Na verdade, estes pré-requisitos todos funcionam como uma prova de acesso, ou um concurso de admissão, onde só os alunos com as melhores combinações normalmente têm lugar garantido.

Para os estudantes estrangeiros, isto tudo já parece ser meio alienígena e muito estranho,mas não se fica por aí. Qualquer estudante que venha de fora do país e cuja a sua língua materna não seja o Inglês tem de fazer um IELTS (International english language testing system - para quem não sabe) e passar o mesmo com um resultado que seja acima do mínimo requisitado pela universidade para onde pretende concorrer (por exemplo, a Universidade de Hertfordshire pede um IELTS DE 6.0 ou superior para todos os seus cursos).

Há dois tipos de IELTS: académico ou prática geral. Todos aqueles que desejam entrar numa universidade Inglesa deverão fazer o teste académico. O outro é geralmente para aqueles que desejam emigrar, ou trabalhar no Reino Unido.

O melhor sítio para fazer o IELTS em Portugal é no BRITISH COUNCIL. Eles têm o suporte necessário (e as certificaçōes certas) para poderem apoiar e guiar os alunos durante a preparação para o teste. Poderão haver escolas de línguas certificadas para a administração do teste com preços competitivos: certifiquem-se que o teste é mesmo o IELTS e que a escola em questão está mesmo acreditada para esse efeito (certificações têm de ser renovadas a cada 2 anos).

Os testes IELTS têm uma componente escrita e leitura, e uma componente verbal (incluindo um elemento de avaliação auditivo), como no diagrama ilustrado em baixo:


É importante salientar que por vezes as universidades podem não exigir tal teste se o candidato demonstrar um nível de inglês satisfatório. Isso é normalmente avaliado no processo de candidatura, nomeadamente, na 'personal statement'. Também ajuda se uma das referências académicas do candidato for um/a professor/a de Inglês - foi exactamente o que me aconteceu e o que fiz, mas o meu nível de Inglês era já avançado e eu sempre fui boa aluna a Inglês. Se o Inglês te vai atrapalhar, o menor é fazeres o IELTS, e não tentares a sorte grande, porque isso só vai trazer atrasos à tua candidatura caso a universidade ache que precisas mesmo fazer o dito teste.

Mais informações sobre o IELTS, aqui: www.ielts.org.
Ou http://www.britishcouncil.org/pt/portugal-exames-ingles-ielts.htm

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