Cenas...
«Reprimir desejo por chocolate provoca efeito contrário. Estudo explica mecanismo psicológico associado - As pessoas que reprimem o desejo de comer chocolate acabam por comer muito mais assim que cedem à tentação, revelam psicólogos britânicos da Universidade de Hertfordshire, que realizaram um estudo com 130 voluntários.»
(in http://saude.sapo.pt/artigos/?id=780454)
Isto não seria nada importante, não fosse a Universidade de Hertfordshire ser a MINHA UNIVERSIDADE, onde eu queimo as pestanitas todos os dias diante de livros que pesam entre uma e duas toneladas! E quanto é que querem apostar que os voluntários foram os alunos da dita universidade? E eu não fui convidada? Tchi, realmente... Esta amostra só pode estar errada! Quero ver a pesquisa efectuada já! (não é a toa que estou a tirar Marketing, não é??!)
Entretanto a minha vida pessoal anda a passos lentos de recuperação. Depois das más notícias que me batiam à porta todos os dias, hoje sinto que metade do peso que carregava nas costas nem sequer era meu, e que ao me libertar de tudo aquilo que me faz mal e me asfixia só me fez foi bem.
Não queria comentar o 'caso Sid' mas só para vos descansar a moleirinha queria dizer que as coisas não são tão más como parecem. Eu preciso de espaço para mim, para me adaptar à minha nova realidade, algo que não me foi dado na medida que seria justa. Se há cedências de um lado, o equilíbrio deve-se atingir pela outra parte, a qual deverá ceder de igual modo. Eu sei que cada cultura é uma cultura diferente, mas a verdade é que eu não estou disposta a abdicar da minha cultura nem um milímetro, se do outro lado não existir o mesmo empenho em fazê-lo.
Passei a minha vida toda a ser quem não sou, só para agradar a quem nem sequer demonstrou uma gota de respeito por mim. A panela de pressão rebentou e lamento que tenha de magoar uma pessoa, mas a verdade é que essa pessoa também me magoou a mim, muitas vezes. Estou farta e não é medo que me mantém à deriva, mas uma grande necessidade de sobreviver num mundo que me é hostil, e por isso, cortar com aquilo que me faz mal é somente o meu instinto de sobrevivência a funcionar a todo o gás.
Para já estou bem.