09
Dez07
Será que sou má?
Little Miss Sunshine
Choro baba e ranho quando vejo uma velhinha em apuros na televisão...
Ajudo os meus amigos no que posso e no que não posso só para os ver descansados e felizes...
Facilito a vida até a quem eu mal conheço...
Deixo de ser eu própria às vezes só para poder ver o pessoal à minha volta satisfeito...
... mas Terça-Feira, quando o casal do lado receber a carta de despejo, vou-me sentir culpada - apesar de tudo o eles já me fizeram... e de o merecerem mais do que ninguém!
Os meus amigos dizem-me que eu fiz bem em falar com o senhorio para eles saírem desta casa, e que eu aguentei foi muito! Foi só exigir, exigir e exigir... Acabei por saír muitas vezes prejudicada financeira e afectivamente... Desde que entraram nesta casa nunca mais ninguém descansou. As contas andam atrasadas. A casa cheira a cinzeiro. E eu não tenho paciência para a constante falta de respeito que eles me têm.
Ela está grávida, e de acordo com a lei inglesa, um casal com um bebé também não pode morar numa casa de ocupação múltipla. O senhorio não perdoou isso, aliado ao facto de que era só o marido autorizado a morar aqui... Ela acabou por se mudar de malas e bagagens, o que os coloca em violação do contrato de arrendamento -apesar de eu entender que deve de ser complicado estar grávida e estar longe do marido.
E a carta vai chegar mais tarde ou mais cedo, e com um misto de ansiedade e medo até (porque o gajo do lado é violento e porque já tirou o Siddharth do sério - e acreditem, isso raramente acontece... Nunca vi o Sid fora do sério uma única vez.... até dois dias atrás...) aguardo que a tempestade entre em casa, mas espero que saia depressa e que eu possa viver em paz de uma vez por todas.
Odeio conflitos. Entretanto, o trabalho está a correr bem e estou super satisfeita com o ambiente e com o trabalho em si. Pena que é temporário... Mas vou aproveitar ao máximo, porque preciso de dinheirinho urgente se quiser começar o ano bem...
Este mês os problemas financeiros continuam... Enfim... C'est la vie... Daí o Natal modesto, em terras britânicas...
Mas tenho uma grande vontade de ir a casa e saír deste buraco onde eu me enfiei... Só chove e está demasiado frio para uma portuguesa de coração quente.
Talvez eu não esteja a ser má. Talvez eu esteja a lutar por aquilo que eu defendo, aquilo que eu acho que está bem.
Ajudo os meus amigos no que posso e no que não posso só para os ver descansados e felizes...
Facilito a vida até a quem eu mal conheço...
Deixo de ser eu própria às vezes só para poder ver o pessoal à minha volta satisfeito...
... mas Terça-Feira, quando o casal do lado receber a carta de despejo, vou-me sentir culpada - apesar de tudo o eles já me fizeram... e de o merecerem mais do que ninguém!
Os meus amigos dizem-me que eu fiz bem em falar com o senhorio para eles saírem desta casa, e que eu aguentei foi muito! Foi só exigir, exigir e exigir... Acabei por saír muitas vezes prejudicada financeira e afectivamente... Desde que entraram nesta casa nunca mais ninguém descansou. As contas andam atrasadas. A casa cheira a cinzeiro. E eu não tenho paciência para a constante falta de respeito que eles me têm.
Ela está grávida, e de acordo com a lei inglesa, um casal com um bebé também não pode morar numa casa de ocupação múltipla. O senhorio não perdoou isso, aliado ao facto de que era só o marido autorizado a morar aqui... Ela acabou por se mudar de malas e bagagens, o que os coloca em violação do contrato de arrendamento -apesar de eu entender que deve de ser complicado estar grávida e estar longe do marido.
E a carta vai chegar mais tarde ou mais cedo, e com um misto de ansiedade e medo até (porque o gajo do lado é violento e porque já tirou o Siddharth do sério - e acreditem, isso raramente acontece... Nunca vi o Sid fora do sério uma única vez.... até dois dias atrás...) aguardo que a tempestade entre em casa, mas espero que saia depressa e que eu possa viver em paz de uma vez por todas.
Odeio conflitos. Entretanto, o trabalho está a correr bem e estou super satisfeita com o ambiente e com o trabalho em si. Pena que é temporário... Mas vou aproveitar ao máximo, porque preciso de dinheirinho urgente se quiser começar o ano bem...
Este mês os problemas financeiros continuam... Enfim... C'est la vie... Daí o Natal modesto, em terras britânicas...
Mas tenho uma grande vontade de ir a casa e saír deste buraco onde eu me enfiei... Só chove e está demasiado frio para uma portuguesa de coração quente.
Talvez eu não esteja a ser má. Talvez eu esteja a lutar por aquilo que eu defendo, aquilo que eu acho que está bem.