Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

E o céu azul brilhará...

Diário de uma académica portuguesa em Londres

E o céu azul brilhará...

Diário de uma académica portuguesa em Londres

30
Nov11

Racismo no comboio - Alguns esclarecimentos

Little Miss Sunshine

 

 

 

De notar o seguinte:

 

1. Está podre de bebeda...

2. Tem uma criança ao colo E ESTÁ PODRE DE BEBEDA (isso para mim já diz muita coisa sobre a pessoa)...

3. Pela maneira de pensar, vestir e falar dá para ver que é daquelas que vive à conta do governo (o que nós chamamos aqui de 'chav').

4. Foi identificada pela polícia e vai a tribunal por 'racially aggravated harassment'

5. Esta gaja não reflete a maioria Britânica de pensar, mas infelizmente ainde reflete a maioria Inglesa de pensar. Como em todos os países democráticos, aqui também há no governo movimentos defensores do racismo e do puritanismo Britânico (BNP-British National Party). São uma minoria.

 

FACTO: Se os emigrantes se fossem embora deste país, não haveria ninguém para fazer os trabaalhos que os Ingleses se recusam a fazer, e o país parava por falta de quem assegurasse serviços mínimos. O próprio David Cameron assumiu isso publicamente no parlamento há dias.

 

É condenável que ainda haja este tipo de mentalidade num país que é definido pela diversidade multicultural e étnica. Mas muito deste tipo de pensamento é também instigado por notícias publicadas nos jornais, tais como esta e esta. Claro que a mentalidade de um povo não se muda num dia, mas quando a imprensa é a primeira a instigar o racismo (se bem que indirectamente), dá para perceber o porquê de ainda haver muita gente a pensar como esta mulher.

26
Nov10

Propinas, qualificações estrangeiras, e o preconceito Português face às mesmas.

Little Miss Sunshine

Este post vem no seguimento de um comentário deixado por um leitor do Blog que se encontra em terras Bitânicas, e que devido ao desenrolar de varios acontecimentos políticos e económicos no País, se viu confrontado com um dilema em muito justificado. Porque eu acho que muitos de vocês poderão estar na mesma situação, decidi publicar um excerto da minha resposta, pois acredito que o péssimismo existente face a esses acontecimentos em nada deve afectar os vossos sonhos...

 

 


 

 

Propinas:


As propinas vão certamente aumentar em 2011, porque isso acontece quase todos os anos. No entanto, o governo normalmente põe um cap (um limite máximo) que as universidades podem cobrar aos seus alunos. Infelizmente nesta altura isso nem sequer está a ser considerado. Claro que com os cortes orçamentais que o Reino Unido atravessa neste momento, o sector do ensino superior é sem dúvida um dos mais afectados, pois sobrevive à custa de muitos subsídios e fundos governamentais para pesquisa e desenvolvimento. Metade desses subsídios, pelo que sei, foi cortado. E a única maneira das universidades repôrem esse dinheiro é aumentarem as propinas. No entanto eu não acredito que as mesmas subam de £3,000/ ano para £9,000/ano sem mais nem menos – seria uma diferença bastante acentuada e para ser sincera, os estudantes já mal têm dinheiro para dar £9,000 pelo curso todo (o qual dura normalmente três anos), quanto mais terem de pagar esse valor por cada ano de licenciatura.

 

Há muitas coisas a ter em consideração, e os 'Student Unions' (Associações de Estudantes) estão atentos ao desenrolar dos acontecimentos.  Convém salientar aqui que as Associações de Estudantes têm um peso muito grande nas decisões internas das Universidades. Para já eu não me preocupava com as propinas. Importante realçar que cada universidade cobra um montante de propinas diferente (as propinas aqui não são uniformizadas como em Portugal), o que quer dizer que talvez compense fazer uma pesquisa de preços pelas universidades do país.

 

 

Reconhecimento das  qualificações estrangeiras em Portugal:

 

Há uma grande confusão (e muita ignorancia) em Portugal no que diz respeito às equivalências dos cursos superiores tirados no estrangeiro, sejam eles em Inglaterra ou em qualquer outro país da UE ( e às vezes até fora da UE). Como provavelmente já é do vosso conhecimento, o ensino superior na UE agora é todo uniformizado graças ao processo de Bolonha. Isso significa que os cursos superiores tirados dentro da União Europeia têm a mesma validade, duração, conteúdos e nível de qualificação que os cursos superiores tirados em Portugal.

 

O que isto quer dizer é que em Portugal as qualificações do Reino Unido são obrigatoriamente acreditadas e aceites, de acordo com o que está escrito aqui.  Para mais informações acerca disto, contactem directamente o NARIC, eles são responsáveis pelo reconhecimento de diplomas estrangeiros. Se estiverem a ter problemas com o reconhecimento da vossa licenciatura europeia, reportem a situação à União Europeia usando o site SOLVIT ou façam uma queixa formal usando os dados daqui.

 

 

Empregadores em Portugal & candidatos com qualificações estrangeiras:

 

Infelizmente é do meu conhecimento que a maioria de empregadores em Portugal tem um certo preconceito em relação a candidatos que tenham formação académica no estrangeiro. Na verdade, a maioria dos empregadores em Portugal ainda discrimina face à idade, experiência profissional, sexo, e religião de um candidato, portanto não me admira que o façam em relação a qualificações emitidas no estrangeiro. Apesar de haver legislação para minorar estes problemas, Portugal ainda está muito atrás da Grã-Bretanha no que diz respeito à igualdade e diversidade no local de trabalho.

 

Na verdade, este preconceito em relação a candidatos com qualificações estrangeiras prende-se com a geral falta de conhecimento que existe, e também com a necessidade que certas companhias/ empresas têm de cortar custos. Portanto inventam mil e uma desculpas para contratar pessoas altamente qualificadas por metade do custo. A minha perspectiva é simples: se o empregador não dá valor ao candidato que esteve três ou mais anos a investir na sua educação num país estrangeiro, a falar uma língua que não é a dele e a viver numa cultura que é estranha, então esse empregador não vale a pena, porque não reconhece que adaptabilidade, iniciativa pessoal e força de vontade (além de gestão de tempo e dinheiro) são qualidades importantes num trabalhador. Melhor fazer como eu, fiquem por cá – de dois em dois anos são normalmente promovidos e se forem mesmo bons naquilo que fazem, podem vir a ganhar muito bem 3-5 anos após terem terminado o vosso curso, numa empresa que vos respeita e valoriza como trabalhadores mas também como pessoas individuais.

03
Fev10

---> 8 Dias <---

Little Miss Sunshine

Faltam 8 dias para eu começar a contagem decrescente para o regresso do meu marido ao Reino Unido. 8 Dias para sairem os papeis oficiais do nosso casamento, e 16 dias até à entrada do pedido de visto... Depois disso, é só mesmo esperar que não levantem ondas, e emitam o visto o mais rápido possível.

 

Tenho de vos ser sincera, tem sido complicado gerir a distância. Dia 15 faz 1 mês que não estamos juntos. Graças às novas tecnologias, podemos conversar e ver-nos um ao outro, mas isso não é o mesmo que tê-lo aqui, ao meu lado. Ontem à noite, por exemplo, passei super mal. Acho que comi algo que não me caiu bem. Acordei às 2 da manhã, super mal disposta, e sem ninguém para me ajudar. Acendi a luz, e levantei-me. Percorri mentalmente todos os nomes dos meus amigos que moram aqui perto, ou aqueles com carro que facilmente me poderiam levar ao hospital se disso houvesse necessidade... Ninguém.

 

Senti-me triste. Rápidamente constatei que não há ninguém da minha confiança, que eu sinta que posso pedir ajuda se estiver a passar mal a altas horas da noite... E senti-me sózinha. Olhei para a Daisy, que estava deitada aos meus pés. Ela levantou a cabeça de onde estava, mas depois voltou a dormir. E pela primeira vez desde que vim para o Reino Unido, eu tive medo. E não gostei.

 

Fiz um chá de funcho, e sentei-me no sofá-cama a pensar na minha vida. Se não dão o Visto ao meu marido, o que é que vou fazer da minha vida...? E respirei fundo, com o estômago e o coração pesados, se bem que por razões diferentes. Ao fim de meia hora já estava melhor, e deitei-me. Deixei-me dormir a pensar nas nossas férias juntos e de como fui feliz aqueles dias. Não quer dizer que não seja feliz agora, mas sinto-me incompleta, e isso perturba qualquer traço de felicidade. Deixei-me dormir, mas não apaguei a luz...

 

27
Fev08

Tremores

Little Miss Sunshine
Earthquake in England

Magnitude 5.2 quake shakes Britain

One man injured as tremor centred on Lincolnshire damages buildings and startles people awake . Britain's largest earthquake in nearly a quarter of a century has left one person injured and a trail of damage. The magnitude 5.2 quake hit just before 1am today and was centred near Market Rasen, Lincolnshire. Its effects were felt as far away as Wales, Scotland and London.        
(The Guardian)


OK.... Eu não senti nada. A minha gata não sentiu nada... Mas claro, o gajo TINHA de sentir qualquer coisa! Estáva eu a ver qualquer coisa na TV, já na minha caminha e tal... e de repente o gajo vira-se para mim e pergunta-me:

'Não sentiste a casa a abanar? Acho que foi um tremor de terra!'

Eu desatei-me a rir, tipo «estás a sonhar acordado!» mas depois calei-me porque nas notícias a pivot lá disse que eventualmente teria acontecido um tremor de terra. Como nunca mais disseram nada, eu lá fui dormir descançadinha, para acordar com esta notícia nos jornais.

Não devo de ser lá muito sensível a tremores de terra, eu. Passou-me completamente ao lado e não foi assim tão longe daqui. Ou se calhar até sou sensível a tremores de terra sim senhor, e isso até explica o meu estado de nervos e ansiedade de ontem. É que hoje estou bem melhor e nem sequer está mau tempo.

Vou-me baldar às aulas - não quero saber. Preciso de férias e estou a planear uma fuga estratégica até Portugal durante a Páscoa. Tenho de pagar as contas primeiro...

21
Jan08

Telemarketing

Little Miss Sunshine
Comecei hoje o trabalho na Universidade, a contactar antigos estudantes e a preencher questionários sobre o que é que eles estão a fazer desde que acabaram o curso. Este questionário, parte do chamado 'DELI Project'  faz parte de uma directiva do governo Inglês e é obrigatório para todos os sistemas de ensino superiores.

Eu preenchi o questionário em Novembro passado, e enviei-o imediatamente só para não ter de pensar mais nele. Nunca que passou pela cabeça que esses ditos formulários (bem como todas as pessoas que não os preencheram...) íam acabar de se tornar parte do meu quotidiano profissional. À conta disso posso dizer que trabalho num call-center, mesmo que esse call-centre seja um pouco à pressão (fazemos as chamadas numa sala de aulas localizada na biblioteca grande em College Lane). As demonstrações para a Nespresso também continuam... Viva! Sou uma marketeer em progresso.

Voltando ao call-center, como experiência tenho a dizer que me senti um pouco nervosa de início. Isto de falar em Inglês é complicado já por si, ainda para mais quando estamos ao telefone e nos passam pela cabeça mil e uma imagens, ideias, e pior ainda, PALÁVRAS E GRAMÁTICA TUGA! Mas enfim, ossos do ofício. No final já eu andava a driblar aquilo como se nunca tivesse feito outra coisa, e as pessoas com quem eu falei até foram simpáticas e acessíveis, por isso até agora tem sido bastante interessante.

Para a semana começam as aulas outra vez, segundo semestre. Ando desejosa para saber as minhas notas finais do primeiro semestre. Estou confiante nos resultados - nem eu sei bem como, entre trabalhos, conflitos e saudades de casa (suspiro), foi difícil manter-me motivada. Estas saudades de casa ainda cá andam, mas eu ando mais que ocupada! E esse é o segredo para que o tempo passe depressa... E em Junho logo me vingo, porque apesar de ter de passar o Verão a escrever a minha tese de mestrado, as aulas acabam em Maio e eu preciso de duas semanas de intervalo antes de me lançar às 15,000 palavras.

... e parece que ainda há pouco tempo estáva a despachar uma tese, e já estou me estou a meter noutra! 'Jazuz'!

11
Set07

Inglaterra, Inglaterra! Onde está a minha oportunidade?

Little Miss Sunshine

Quando vim para a Inglaterra estudar, pensei que estáva a caminho de 1001 oportunidades - e elas até foram aparecendo numa série de coisas na minha vida. Confesso que deixar tudo para trás e seguir para um país novo para mim não foi plano que tive de infância, foi mais o desenrolar dos acontecimentos que me empurraram para tal. Sim, a minha mãe sempre me passou a facilidade da língua (foi professora de Inglês), sim o meu pai sempre me passou a vontade de viajar e conhecer outros mundos que não o meu cantinho à beira-mar plantado.

 

Não decidi mudar de vida porque a minha vida em Portugal era uma desgraça, como acontece a tantos que pensam deixar o país por falta de condições de trabalho ou de vida. Por acaso eu estáva muito bem lançada na minha carreira, estava num emprego que me realizava pessoal e profissionalmente, era bem paga, tinha um carro, casa (mesmo que fosse a casa dos papás), roupa lavada. Eu não podia pedir mais, porque no geral, eu tinha tudo mesmo.

 

Mas o destino tem destas coisas, e impulsionada pela oportunidade que surgiu no horizonte (e em parte motivada pelo facto de poder vir a ter um curso superior, algo que deixei a meio para ingressar no mundo do trabalho), resolvi tentar. Porque não se perde nada em tentar, não é? Aliás, se não tentarmos, nunca saberemos como vai ser e eu já tive oportunidade de expressar tantas vezes que não sou pessoa de 'what ifs' ou, em português, ' e ses'!

 

Mais vale seguir o ritmo da vida, ou do destino ou lá daquilo que lhe quiserem chamar. Não foi fácil. Mas também não foi difícil. Tudo se compôs ao fim do segundo mês, e a partir do momento em que comecei a entrar na rotina e na vida inglesa, parecia mesmo às vezes que eu nunca tinha tido vida alguma em Portugal...

 

Mas apegada às minhas raízes, fui sempre marcando o ponto nas ocasiões especiais, e fui sendo sempre informada dos acontecimentos por terras lusas, mas essencialmente, pelo círculo familiar. Ainda hoje o SAPO.PT é o meu ponto de passagem obrigatório... Hoje em dia o messenger também ajuda a amenizar as distâncias com as conversas em conferência, os telefonemas ainda são carotes para poderem ser feitos todos os dias e vai-se vivendo um dia após o outro, com fé de que a conta à ordem suba mais umas librazinhas semana a semana, mês a mês.

 

O pior foi quando acabei o curso. De repente toda a minha luta tinha acabado tão depressa como começou, pois um objectivo principal foi alcançado! Como se me tivessem tirado o tapete debaixo dos pés, vi-me de repente com uma catrefada de escolhas para fazer: Mestrado? Trabalho? Se estudo estou isenta de pagar a contribuição autárquica - são £ 750 por semestre, mais renda mensal, mais a catrefada de despesas para a comida, produtos de higiene, etc... Claro que tenho de pagar o mestrado, e os livros, e os cadernos, etc, etc, etc... Trabalhar, no entanto, e apesar de trazer algumas despesas, acaba por ser a ponte para a família, a casa própria, o carro na entrada, e um jardim nas traseiras. E eu estou prestes a entrar nos 30, começo a sentir necessidade de ter um espaço só meu sem as tropelias de morar numa casa partilhada com mais quatro ou cinco indivíduos...

 

Se por um lado estou segura de que fazer o Mestrado foi a melhor solução no momento, por outro o mesmo parece que está embruxado porque desde que comecei a fazer os preparativos para o mesmo já se perderam documentos, já houveram mil e uma brigas entre mim e o mais que tudo, e a oferta condicional ainda se mantém a duas semanas de começar as aulas porque o proessor responsável por aprovar incondicionalmente as ofertas académicas está ausente por doença...

 

E eu, que feita parva, rejeitei um emprego na LEGO, porque era longe e eu não podia trabalhar full-time, com esta história do Mestrado. Um emprego feito à minha medida mas que implicaria mudar-me para mais perto de Londres (senão para o centro mesmo), e dedicar-me inteiramente ao mesmo... Mas não deu, porque escolhi fazer o mestrado! E desde que escolhi fazer o Mestrado, chovem empregos full-time de todos os cantos de Londres, propondo mil e um benefícios, mas também chovem problemas...

 

Ninguém aqui nas redondezas me contrata em regime de part-time porque:

 

1) Não sei os horários do meu mestrado ainda, só na última semana do mês se entretanto receber o raio da oferta incondicional!

 

2) Tenho demasiadas qualificações para uma mera assistente de loja, e para ser mais do que isso teria de estar disponível a full-time - e isto aplica-se a agências de emprego também.

 

Por isso ando eu aqui a queimar as pestanas ( ou em vias disso) numa pós-graduação e ninguém se digna a contratar-me, mais que não seja porque eu PRECISO! E o resto vocês já sabem: falta de motivação porque ninguém me liga, ando aborrecida como tudo, cansada porque só dou com os burros na àgua, já fui ao meu emprego anterior e tudo pedir que encarecidamente me recebam de volta (uma vez que o gerente parvo entretanto transferiu-se para bem longe), e nada. NADA!

 

O meu gajo farta-se de trabalhar, e eu também, mas enquanto que ele é pago à hora, eu não tenho quem me pague, uma vez que o meu trabalho estes dias é saír de casa de manhã com uma catrefada de CVs e chegar a casa à noite com o mínimo de CVs possível - isto enquanto não começar o Mestrado!

 

Juro que não percebo isto! O meu Mestrado é em Marketing, certas companhias poderiam até interessar-se por mim e dar-me um emprego assim assim, até eu acabar o Mestrado e depois podiam até usar-me nos quadros deles - isso acontece! Não é que eu lhes esteja a pedir que me paguem o Mestrado...

 

Sortudos aqueles que só têm de se preocupar com o trabalhito deles, e disse.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2016
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2015
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2014
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2013
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2012
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2011
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2010
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2009
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2008
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2007
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2006
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2005
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2004
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D