Dia de eleições

Hoje vota-se por estes lados. Eu, como cidadã europeia, não posso votar para o parlamento, mas voto para o poder local. Já cumpri o meu dever de cidadã, e sem sair de casa!! Aqui, podemos votar de casa - sim, é verdade. Depois de nos registarmos, e sempre que hajam eleições, eles mandam os papelinhos para casa, com os respectivos envelopes. Depois de os receber, é só votar, colocar o voto no envelope e depois enviar de volta.
Eu acho que é o máximo, porque para mim é mesmo conveniente. A minha vida é super corrida e eu não tenho muito tempo para sair do trabalho e exercer o meu direito de voto numa urna. Desta maneira acho que eles também eliminam em muito a percentagem de abstenção... Uma ideia para Portugal seguir...? Quem sabe!
Entretanto hoje também tinha uma conferência de Learning & Teaching. Tinha, porque não fui. Não sei o que se passa comigo esta semana. Ando sem vontade para nada. Não me apetece ir ao supermercado, não me apetece ir comprar o vestido para uma cerimónia que vou ter amanhã, não me apetece ir à cerimónia amanhã, da mesma maneira que não me apeteceu ir à conferência hoje... Bolas, não me apetece nada!! Só me apetece ficar em casa, no silêncio, a contemplar as nuvens a passar da minha janela.
Pessoalmente, acho que isto é SPM/TPM com toda a força... Para ser sincera, não...! Nem acho que seja isso o meu maior problema. Estou meio desmotivada, cheia de saudades de Portugal... E ando mesmo preguiçosa, no sentido em que passei os últimos 2-3 meses sempre a 200 à hora non-stop, e agora que as aulas acabaram e o contrato da consultadoria vai de certeza acabar para o mês que vem, parece que atingi um estado de exaustão (e prostração) tal que não me aguento... Só me apetece ficar esticada na cama, o que não é nada bom, porque sabendo de antemão que a minha situação laboral precisa de um empurrãozinho e por isso eu preciso de estar presente em tudo quanto é evento só para conseguir uma oportunidade (mais), o último sítio onde eu deveria ficar mesmo é em casa.
Estou até com um bocado de medo, porque não quero passar o Verão a contar tostões, queria fazer algo especial em Junho, no dia dos anos do meu marido e depois em Agosto, no dia dos meus anos. Mas fazer o quê...? Tenho de ter fé no futuro e acreditar que tudo vai correr bem, independentemente dos percalços que por aí venham. Mas acima de tudo, tenho de controlar esta vontade grande de largar tudo pela metade e refugiar-me em casa, porque eu não sou nada assim. Não há razão para começar a ser assim agora...